Num dia aziago, vale morrer no fim? - Parte II

janeiro 05, 2009

Se você está começando a ler esta história por aqui, recomendo que você leia, antes, a primeira parte (clique aqui) e depois volte a este texto.

Mas, continuando com meu azar desfortúnio: Depois de tantos percalços, para um único dia, tomo o rumo de minha casa. Já havia esquecido o assalto sofrido logo de manhã cedo, os problemas do dia-a-dia e tudo o que eu queria era um bom banho e minha cama.

Mal andei os dois primeiros kilometros e sou parado por uma blitz. O guardinha dirige-se ao veículo e faz a abordagem tradicional.

-Boa noite, cidadão. Documentos do carro e habilitação, por favor.

Abro o porta luvas, para pegar os documentos do veículo. A habilitação sempre mantenho na carteira de cédulas, que escapara do assalto. Os documentos não estão lá. Reviro de ponta cabeça o porta luva, o console, o encosto central e NADA!

O guardinha, agora já não tão educado, insiste:

-Documentos do carro e habilitação!...

-Calma, amigo. Estou procurando. Era pra estarem aqui...

Mas não estavam!...

Apresentei a CNH e argumentei que ele poderia, pela placa, checar a situação do veículo, que estava em ordem. Aborrecido, respondeu-me que até poderia fazer isso, mas como os documentos do veículo são de PORTE OBRIGATÓRIO e, como eu não os portava, o carro seria retido, até a apresentação destes, além da multa que seria lavrada, independentemente.

Argumentei que era amigo de fulano, de sicrano, de beltrano, todos seus superiores, e que poderia fazer uma ligação para qualquer um destes, e resolveríamos o problema, facilmente, sem maiores transtornos (multa, reboque etc.) para mim e sem mais perda de tempo para ele.

-Se algum desses seus amigos, meus superiores, me mandarem liberar o carro, tudo bem!...

-Beleza, amigo. Uma ligação e resolvo o problema.


Assim pensava eu!...

Celular já na mão, faço a primeira tentativa. Fora de Área. Parto para outro número. Outro amigo. Cai, direto
, na caixa postal.

PQP! Hoje, decididamente, não é meu dia! Falei baixinho, para comigo mesmo.


Agora, além de aborrecido pelo que já havia passado, começo a ficar nervoso. E se não conseguisse falar com meus amigos?!...

Vou para a terceira tentativa. Número ocupado. Aguardo alguns instantes. O guardinha já me olhando meio atravessado...

Quarta tentativa. Alívio! O celular, enfim, chama! Aguardo. Um toque, dois, três, quatro. Meu nervosismos agora é perceptível. O guardinha me olha como que dizendo: Te peguei, bacana!...

Quinto toque e meu amigo atende, cobrando-me:

-Cadê você, Inácio? Anda sumido!...

-É, parceiro... São os negócios, que nos prende e não nos permite estar mais próximos dos amigos. Também estava com saud...

Cortei a palavra e a frase pelo meio. A bateria acabara de descarregar total.

Repito, meu internético leitor: Relaxe, aproveite, e salve este blog em seus Favoritos, depois volte aqui, por que logo, logo em vou postar o restante dessa história. O final é inacreditável!

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